INTRODUÇÃO
O Brasil é líder mundial na exportação de frangos, com um histórico de qualidade e sanidade dos plantéis que o diferenciam globalmente. Esse sucesso não é casual, mas resultado de rigorosos programas de biosseguridade que buscam minimizar os riscos de contaminação e manter a saúde das aves em níveis ótimos. Dentro deste contexto, o uso de papel aviário de qualidade e procedência desempenha um papel crucial.
PAPEL AVIÁRIO: QUALIDADE E PROCEDÊNCIA
O papel KRAFT E SEMI KRAFT, conhecido por sua resistência e durabilidade, é amplamente utilizado em FORRAÇÃO DE CAMA. A escolha do papel AVIÁRIO de qualidade é essencial para garantir um ambiente limpo e seguro para as aves. A procedência deste papel deve ser bem verificada, assegurando que ele não tenha sido contaminado por agentes patogênicos durante o seu processo de fabricação e transporte.
Segundo Sesti (2005), a biosseguridade envolve um conjunto de procedimentos técnicos, operacionais e estruturais que visam prevenir ou controlar a contaminação dos rebanhos avícolas. O uso de um material de cama inadequado pode introduzir agentes infecciosos, comprometendo a sanidade das aves e, consequentemente, a produtividade e a segurança dos produtos avícolas.
PERIGOS DO PAPEL DE REUSO
O papel de reuso, muitas vezes mais barato, pode parecer uma alternativa econômica atrativa. No entanto, seu uso pode ser extremamente perigoso. Este tipo de papel pode conter resíduos de produtos químicos, tintas ou mesmo ser contaminado por patógenos durante seu uso anterior E DESCARTE. A introdução de tais agentes no ambiente dos aviários pode resultar em surtos de doenças, como a Doença de Newcastle ou a laringotraqueíte aviária, que são controladas no Brasil mas podem causar grandes perdas econômicas se reintroduzidas (Valandro, 2009; Bonatti & Monteiro, 2008).
A contaminação por agentes infecciosos através do papel de reuso pode levar a altos índices de mortalidade, queda no desempenho das aves, necessidade de quarentenas e até barreiras sanitárias que restringem a comercialização dos produtos (Kneipp, 2013). Além disso, a introdução de zoonoses – doenças que podem ser transmitidas de animais para humanos – representa um risco significativo para a saúde pública.
GARANTINDO A BIOSSEGURIDADE
Para manter a biosseguridade, é imperativo que todos os materiais utilizados nA GRANJA, incluindo a cama de papel AVIÁRIO, sejam de qualidade e procedência confiável. A higienização das instalações é um procedimento essencial, onde a escolha do material de cama pode influenciar diretamente a eficácia do processo de limpeza e desinfecção. Andreatti Filho & Patrício (2004) destacam a importância de remover a matéria orgânica eficientemente antes da desinfecção para garantir que 90% da carga microbiana seja eliminada.
Além disso, o controle do tráfego de veículos e pessoas é fundamental para evitar a introdução de agentes patogênicos externos. Todos os veículos que chegam aos aviários devem ser desinfetados, e o fluxo de pessoas deve ser rigorosamente controlado (Previato, 2009b).
CONCLUSÃO
O uso de papel AVIÁRIO de alta qualidade e procedência garantida é uma prática essencial para manter a biosseguridade em aviários. Evitar o papel de reuso, que pode ser fonte de contaminação, é crucial para prevenir surtos de doenças e garantir a saúde das aves e a segurança dos produtos avícolas. A adoção de medidas rigorosas de biosseguridade, que incluem a escolha correta do material de cama, contribui para o sucesso contínuo da avicultura brasileira no mercado global.
REFERÊNCIAS:
- ANDREATTI FILHO, R. L.; PATRÍCIO, I. S. Biosseguridade na Granja de Frangos de Corte. In: MENDES, A. A.; NAAS, I. A.; MACARI, M. Produção de Frangos de Corte. 1. ed. Campinas: FACTA, 2004. p. 169-177.
- BONATTI, A. R; MONTEIRO, M. C. G. B. Biosseguridade em Granjas Avícolas de Matrizes. Intellectus, Jaguariúna, v. 4, n. 5, p. 316-330, 2008. Disponível em: http://www.revistaintellectus.com.br/DownloadArtigo.ashx?codigo=29
- KNEIPP, C. Conceitos Básicos de Biosseguridade na Produção de Frangos de Corte. Disponível em: http://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&ved=0CD sQFjAA&url=http%3A%2F%2Fwww.cnpsa.embrapa.br%2Fdown.php%3Ftipo%3Dev entos%26cod_arquivo%3D121&ei=Nh2BUtPmFvWx4APjpoHYAg&usg=AFQjCNEQ0 2R_PTrQX_5nfAsS2rJf6Es3iA&bvm=bv.56146854,d.dmg
- PREVIATO, P. F. G. Manual de manejo. Umuarama: Agro Industrial Parati Ltda, 2009. 34 p.
- SESTI, L. Biosseguridade na moderna avicultura: O que fazer e o que não fazer. 2005. Disponível em: http://pt.engormix.com/MA- avicultura/saude/artigos/biosseguridade-moderna-avicultura-fazer-t19/165-p0.htm
- VALANDRO, C. Biosseguridade na Avicultura. 2009. Disponível em: http://www.aviculturaindustrial.com.br/noticia/biosseguridade-na- avicultura/20091201115709_B_874